domingo, 14 de fevereiro de 2010

Intervenção do autor (05.10.1996)

Intervenção de Dinis Manuel Alves, na sessão pública de apresentação da obra.

Sr. Director da EPL
Sr. Presidente da Câmara,
Dr. Fernando Vale
Exmas. Autoridades
Minhas senhoras e meus senhores

"Numa das suas edições, o jornal "Commercio da Louzã" dedicava um minúsculo quadradinho para publicidade paga. Alguém se havia esquecido de uma bengala num hotel da terra. O proprietário do hotel, homem generoso e bom, dera-se ao cuidado de anunciar que tal bengala se encontrava no seu estabelecimento. Mas o dono do Hotel Carranca, se não gostava de ficar com coisas do alheio, também não era muito dado a que lhe fossem ao bolso. Por esse motivo, se o anúncio sinalizava…
"BENGALA — Está depositada no Hotel Carranca, que o proprietario d'esta casa entregarà a quem provar pertencer-lhe"
… logo se seguia uma clara advertência: "…obrigando-se o dono da referida bengala a pagar a importancia d'este annuncio".

Seleccionei este saboroso exemplo para lembrar a importância de folhearmos os jornais de antanho. Até nos espaços publicitários podemos encontrar matéria que justifique reflexão, fundamentalmente que nos dê a conhecer costumes, tradições, modos de vida dos nossos antepassados próximos.
As ciências, exactas ou humanas, sofrem modas, todos o sabemos. Os comandos marxistas da fabricação da História levaram os historiadores a preocupar-se, e ainda bem, com os grandes ciclos da vida da humanidade. Baniu-se a bolorenta história cronológica, excomungou-se o quotidiano. Mas por pouco tempo. A corrente dos Annales haveria de colocar o dia a dia das gentes no pódium da investigação histórica e sociológica.
Hoje a ninguém escandaliza que o investigador se debruce apenas sobre a publicidade inserta nos jornais, que se produza tese sobre os mailings que todos os dias nos visitam nas caixas do correio, que se estude o fascínio dos estrangeirismos apenas e tão só pela sua penetração no reduzido espaço titular da imprensa.
Caminho aberto então ao pormenor, ao "ordinário" no sentido de vulgar, comum, do dia a dia.

O pormenor remete-nos a outro anúncio, também no "Commercio da Louzã". Instaladas que foram as grandes superfícies em Coimbra, há poucos anos atrás, logo houve quem tivesse temido, na Lousã e não só, pelo futuro dos seus negócios de venda a retalho. Apreensões legítimas, que todos julgariam fruto de um final de século com lógica importada de privilégio aos grandes empresários, aos capitães da indústria transformados em generais do comércio, para mal dos pecados do sr. Baptista ou do sr. Januário, que mais não conseguiram que abrir uma pequena mercearia na terra que os viu nascer.

Mas ainda o eng. Belmiro de Azevedo não havia nascido, e já no "Commercio da Louzã" se publicavam anúncios que desencentivavam os leitores a deslocarem-se a Coimbra para ali fazerem as suas compras. "Fazemos os mesmos preços que em Coimbra", lembravam alguns.
…E nós a pensarmos que a sombra que Coimbra fazia junto das localidades em redor havia sido baptizada com nome de Makro ou Continente!

Serve tudo isto para vos dizer que vale a pena, como vale a pena folhear jornais velhos de cinco, seis, oito, nove décadas.
Para por ali descobrirmos, por exemplo, que a História se repete?

Pessoalmente, sempre fomos avessos ao fatalismo dos ditados populares. Não diremos hoje que a História se repete, mas concedam-nos que digamos que muitas estórias se repetem.
Por vezes, o pormenor escapa ao jornalista mais afoito. Acontece hoje como acontecia no início do século:
"Na quinta feira, ás 7 horas da manhã, passou nesta villa, em automovel, com direcção á estrada de Góes, El Rei D. Manuel.
Acompanhavam-no duas senhoras que não poderam ser reconhecidas pela velocidade com que o auto aqui passou!"
Um pormenor importante que Júlio Ribeiro dos Santos deixou escapar…

As estórias repetem-se também no que toca ao sistema educativo. O "Commercio da Louzã", que não se assumia como jornal republicano, mas que tinha republicanos a dirigi-lo, desde sempre se preocupou em fomentar a instrução popular. A luta contra o analfabetismo era ponto de honra do ideário republicano, até por contraponto a uma monarquia cujos adversários consideravam erigida sobre o pedestal da Ignorância.
Em tom de poderosa mordacidade, num dos números do jornal que aqui hoje nos traz, anunciava-se programa que tornasse a monarquia indemne aos efeitos "perniciosos" da instrução:
"Artigo 1º — Fazer leis aparatosas para atirar ás bochechas do mundo civilisado e mostrar que cá tambem se pesca da regedoria.
Artº 2º — Conservar ás espeluncas o nome de escolas, para que lá fora, quem ouvir fallar em taes nomes julgue que se trata de edeficios apropriados, embora, não passem de cubiculos infectos.
Artº 3º — Continuar a fingir que o ensino é obrigatorio.
Artº 4º — Obrigar os professores a abdicar dos seus direitos civicos e perseguir a proposito de tudo o que tem o arrojo de pôr gravata vermelha.
Artº 5º — Continuar a pagar aos professores primarios o sufficiente para morrerem de fome afim de que elles descoroçoem e abandonem tal modo de vida ficando-se depois a viver uma nova vida de felicidade paradisiaca".

Ignorância que ao tempo levava muito boa gente a atribuir como causa primeira de um terramoto que assolara o Ribatejo, a realização do congresso republicano em Setúbal.

As estórias repetem-se, porque não no acumular de empregos por parte de uns quantos, sempre poucos?
O "Commercio da Louzã" publicou regularmente umas crónicas extraídas do jornal "Folha de Santa Clara". Intitulavam-se tais crónicas "Serões do Povo — À Lareira".
Numa delas, o "sr. Antonio", postado junto à sua pedagógica lareira, ensinava o povo, povo aqui com os nomes de Francisco Caseiro, João da Rosa, Joaquim da Peneda:
"Ó sr. Antonio, começou o Francisco Caseiro, tenho ouvido dizer que ha lá por Lisboa menino que tem dois tres e mais empregos, que de todos ganha e que a maior parte das vezes não faz nada! Será verdade?
— É verdade e mais que verdade, respondeu o sr. Antonio. Disse vocemecê, sr. Francisco, dois e tres empregos. ha menino que abicha cinco e seis! Olhe não vamos mais longe: o ministro do reino, que agora está no Poder, tem a bagatella de seis empregos e ainda anda para apanhar mais um.
— Ena pai, exclamou o Joaquim da Peneda.
— Então, disse o sr. João da Rosa, se tem seis empregos é para cada dia da semana seu, e pelo visto ainda quer outro para domingo (…)".

As estórias repetem-se, também no que à reportagem do mais próximo toca. Há um ditado brasileiro que nos ensina a não cobiçarmos a mulher do próximo, quando o próximo estiver próximo!
Ao jornalista, o próximo reportado só fica bem se bem disser. Que se aproxime para criticar, e malsinado será. Acontece hoje, aconteceu bastas vezes a JRS. Num dos seus artigos, denunciava com vigor amargurado intrigas de que era alvo:
"Existe aqui, como aliàs em todos os pequenos burgos, uma corte que estupidamente se compraz em malsinar, estropiar e confundir ideias, factos e pessoas, quando porventura divirjam ou discordem daquillo que em seus atrophiados bestuntos permanece, inoculado e inspirado nos felizes momentos de attenção que os seus mentores lhe dispensam".
"É ver como essa tropa estraga e inutilisa iniciativas, deturpa intenções, ocasiona o estacionamento e até mesmo o retrocesso de tudo o que não seja da sua lavra, que se caracterisa por tresandar a bolorento e archaico"
Mas as dificuldades de reportar o próximo não lhe tolhiam as forças:
"Como porem a Patria se não encerra no limitado horisonte da terra em que nascemos, como a humanidade não é apenas constituida pelos vizinhos do burgo ou da cidade em que habitamos, assim a actividade dos homens se não restringe no meio onde vivem ou hajam de viver.
A Patria e a Humanidade vão tão longe que bem podemos dizer não conhecerem fronteiras. E a actividade humana pode exercer-se em longinqua esphera d'acção".

Júlio Ribeiro dos Santos não desistiu, apesar das adversidades se adivinharem tamanhas. Continuou a lutar por um ideal, que José Tengarrinha define como de "extrema-esquerda liberal", que outros considerarão fermentado de socialismo: defesa dos pobres e oprimidos, lugar de honra à instrução popular, defesa do municipalismo, luta feroz ao caciquismo que ao tempo campeava, com raízes tão profundas que ainda hoje fazem brotar imitações tão prosaicas como folclóricas e risíveis.
O "Commercio da Louzã" tomava, de peito feito, o partido dos pobres:
"Mais um pouco de amor pelos pobresinhos, senhores padeiros, que elles nem sempre teem os estomagos dispostos a ingerir pão de milho!"
Os cantinhos de poesia eram tudo menos inócuos:

"Ha muito quem faça mal,
N'estes reinos mal fadados.
E que até por signal,
Ficamos todos logrados
Com certas coisas e tal
Bem levados dos diabos.

Tiram varias garantias,
Ao povo trabalhador
Que soffre todos os dias,
Da malandrice, o horror
Por causa das borguezias
Que passa muito doutor.

Eu acho bem entendido
No meu fraco entender;
Que um mortal nascido,
Tem direito a viver.
Sem que seja, opprimido,
Como está acontecer.

Só os ricos a meu ver
Têm direito ao mundo,
E o pobre ha-de viver,
Mais opprimido, no fundo,
E a um canto morrer,
Como qualquer vagabundo.

Pobres que, ao tempo, acompanhavam funerais à cata de uma esmola:
"O seu enterro, que se realisou no dia 12 pelas 5 e meia horas da tarde foi muito concorrido, o que bem attesta a grande sympathia de que gosava.
Acompanhava o feretro, alem da Irmandade do S. S.mo. e da Philarmonica Fraternidade Poiarense, — que exhibiu algumas sentidas e commoventes marchas fúnebres durante o trajecto, — um grande numero de amigos e parentes do finado, de Foz d'Arouce, Louzã e Poiares.
Na rectaguarda do prestito seguia um grande numero de pobres a quem foi distribuida uma esmola".

Numa coisa as estórias se não repetem. No excerto em que Júlio Ribeiro dos Santos escancarava mágoas pela incompreensão de alguns, notámos um registo de escrita bem mais vernáculo, bem mais directo do que os registos hodiernos.
Zéphiro, correspondente de Miranda do Corvo, olhava as eleições na sua terra, também em português que não pedia licença ao politicamente correcto, até porque o pc ainda não havia sido inventado:
"Vae por cá muito renhida a lucta eleitoral andando no meio della um pobre comido que não chega a ser descomido. Delle fallaremos.
O que pedimos sinceramente aos eleitores do nosso concelho é que continuem a deixar-se enganar com promessas e que não tirem a albarda de cima do lombo.
Ah! povo, povo, porque não has de tu ter juizo e vêr?!
Pága, pága — e não bufes. Tens a fortuna na mão e não a enxergas!"

Noutra ocasião, tratava-se a política de lá pelas Lisboas…
O sr. Teixeira de Souza organisou ministerio, e a estas horas já os leitores sabem pela imprensa diaria qual o elenco da companhia que s. exª formou para ir evolucionar na pista governamental".
De um ministério com dotes circenses, para um rei a quem a actividade intelectual causaria indigestões…
"O rei pensou e tornou a pensar, e, para não morrer n'aquelle genero de occupação, o que seria um descredito grave para sua magestade, deliberou-se a chamar o sr. Teixeira de Souza, como sendo a reserva ultima a que era forçoso recorrer no extremo das circunstancias".

Registos de um jornalismo que assumia uma causa, e a assumia de forma directa, sem as papas das línguas de hoje, ao serviço do Todo-Poderoso Consenso. A passagem do século e do milénio arriscam-se a estilhaçar a tradição. Em vez da catástrofe, a calmaria; ao calor da ideologia que divide sobrepuseram-se as águas mornas e insípidas do consenso que detesta fronteiras, à boa moda de Schengen.
Em vez da ruptura, se necessário for por uma boa causa, o consenso, a linguagem consensual e cloroformizada das nets, o políticamente correcto.
Hoje não se toleraria o episódio que o "Commercio da Louzã" reportava deliciado aos leitores: o caso do deputado enjoado com as voltas do rotativismo, que um belo dia resolveu entrar no plenário munido de uma pá de cortar bifes, pá que estraçalhou de tanto com ela bater na bancada…
Hoje o politicamente correcto proíbe-nos que o lobo da história infantil seja mau; aos fumadores espera-os a cadeira eléctrica; a cerveja deve beber-se sem álcool, e até o vinho, Deus meu, há dias nos era dado a provar num café de um centro comercial de Coimbra. Promovia-se ali vinho… sem álcool
O lobo já sabemos que passou a Lobo-Bom, o Capuchinho Vermelho esse ainda não foi obrigado a mudar de roupa. Não tardará que um qualquer movimento dos verdes ou dos amarelos proteste e o Capuchinho passará então a arco-íris ou, pior, a incolor…
Sorte a nossa Pinto da Costa não ter abraçado esta cruzada. Com as letras infantis marcadas no seu imaginário por um Capuchinho Vermelho, tendo o nosso património literário um Cesário Verde, se o Presidente do Porto alinha pela justiça das cores, ai Camilo, que passarás a Camilo Castelo Azul e Branco…


Júlio Ribeiro dos Santos foi a alma da Tipografia Lousanense, até à sua morte, em 1927. Fundou e dirigiu durante largos anos os jornal "Commercio da Louzã" e "O Futuro". Foi vogal e presidente da Comissão Administrativa da Câmara da Lousã. Foi juiz de paz, foi membro do Partido Republicano.
Acreditou na chegada da "Luz", aqui significando a implantação da República, terçou canetas e chumbo por mor de uma Ideia. Não foi correcto aos olhos dos terratenentes do burgo lousanense, sofreu pressões mas nunca vergou.
Assim como Jorge de Sena haveria de escrever um dia "Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade", assim Júlio Ribeiro dos Santos escreveu e acreditou que "Os homens desapparecem mas a Ideia não morre. Travada a lucta entre a reacção e a liberdade, entre as trevas e a luz, não ha duvidas sobre quem colherá os louros da victoria".
Porque, como diria Torga em 1949 "deve ser bom escrever em plena liberdade, como é bom colher um fruto da própria árvore e mastigá-lo".

A Tipografia da Lousã, que pariu centenas de jornais com o cunho de JRS, continuou depois da morte deste a viver histórias curiosas, da liberdade e da mordaça que haveria de durar 48 anos.
Livros de Florbela Espanca apreendidos pela polícia; ponto de encontro do Dr. Pires de Carvalho com Júlio Ribeiro dos Santos, aquele em vésperas de ser preso solicitando recato seguro, e Ribeiro dos Santos recambiando-o para Seia, para casa de um jovem que o director do "Commercio da Louzã" havia ajudado a livrar da tropa.
Tipografia que continuou a imprimir os Acórdãos da Relação, do Dr. Albano Cunha, mesmo durante o tempo em que este esteve enclausurado no forte de Peniche. As provas eram enviadas para a cadeia, onde Albano Cunha tratava das emendas, para posterior impressão.
Tipografia visitada pela PIDE, por vários agentes e também por um de nome Pereira. Alguns meses passados do 25 de Abril, Pereira voltou a entrar na casa tão sua conhecida. A PIDE já fora extinta, o Pereira era agora vendedor de material tipográfico…

O livro que nos traz aqui hoje é um livro sobre um jornal, sobre 62 edições publicadas num período fervilhante da história de Portugal.
Um livro que servirá como um pequeníssimo contributo para que a história da Lousã não morra nas prateleiras. Um livro como um pretexto, um acicate a que os lousanenses visitem mais vezes esta casa, a Biblioteca Municipal da Lousã, onde há milhares de jornais sedentos de olhares que tardam em chegar.
Na Lousã como noutras terras, há muita história e muitas estórias por contar. Do que vamos acompanhando, o concelho tem actividade cultural de alguma monta, se com outros comparado. Tem autarcas dispostos a colaborar em iniciativas culturais, como é o caso. Mas deixem-me aqui fazer um pedido, aos autarcas, não da Lousã, Góis ou Miranda, mas aos autarcas deste país. Somem lá o número de funcionários dedicados às engenharias, aos projectos, às actividades burocráticas. Coloquem o número numa coluna. Somem depois os funcionários dinamizadores de actividades culturais. Coloquem o total noutra coluna. Se o desiquilíbrio for de 50 para 1, tentem pelo menos diminuir a diferença de 49 para 47 ou 45, se não for pedir muito.
É que há muito a fazer, muito a recuperar da história de um povo que, não tenham dúvidas, morrerá sepultada em arquivos, espólios particulares, sótãos de ministérios e demais organismos estatais.

O Livro "Commercio da Louzã — 500 dias até à República" quis-se apenas um mínimo contributo para que a história do povo da Lousã se vivifique aos olhos dos mais jovens, e de todos os curiosos das coisas da cultura, porque a curiosidade nunca há-de ter barbas brancas.

Termino agradecendo ao Sr. Presidente da Câmara, Prof. Horácio Antunes, o apoio prestado na edição deste livro. Muito obrigado, e fique descansado que voltaremos a bater-lhe à porta mais vezes.
Agradecer a boa vontade do Director da Biblioteca Municipal da Lousã na cedência do material necessário ao livro. Muito obrigado, Dr. Matos Silva. Fique descansado, que voltaremos a bater-lhe à porta mais vezes.
Um agradecimento muito especial ao Director da EPL, Dr. Mário Ruivo, que acreditou nas virtualidades do Projecto Lousã em Datas, como tem acreditado noutro projecto que dá pelo nome de ensino profissional e tem rosto na EPL.
O meu obrigado aos técnicos da Tipografia da Lousã, gente quasi sempre esquecida nestas coisas de editar livros, apesar de serem eles os seus parteiros. Obrigado sr. Ferreira, sr. Armindo, sr. Simões, sr. Polaco, sr. Carlos, sr. Carvalhinho, sr. Duarte.

Sr. Dr. Fernando Vale. Tem V. Exa. a idade do século, 96 anos que valem ouro pela sua caminhada em defesa da Liberdade. Por sempre ter acreditado ser esta — a Liberdade — o terreno fértil por onde os pobres tentam ser menos pobres, a justiça mais justa, a educação mais igualitária, os privilégios menos sentidos.
Agradeço-lhe, em meu nome pessoal e em nome de todos os que constroem dia a dia a EPL, a suprema honra que a todos nos deu quando aceitou presidir a esta singela cerimónia.
A homenagem que hoje prestamos a Júlio Ribeiro dos Santos também a si lha prestamos. Porque nunca será demais exortarmos o sagrado valor da Liberdade, tão bem definida nas páginas do "Commercio da Louzã" como a "noiva eterna das almas juvenis, o ideal sublime por que combatem todos".

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